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Guiada por um tanto de memórias. Eu não sinto chegar a lugar algum. Poderia ser diferente, mas não é. Estou aqui, sozinha, revivendo a minha decepção. A minha ilusão. Escrevendo essas palavras como um refúgio. Como se escrever me ajudasse a entender, a organizar minhas ideias. Por instantes ilusórios, talvez. Sinais me iludem, sinais me destroem. Meus desejos. Só meus. E dependem dele. Meu sentimento ridicularizado pelo que vi, que mais pareciam facas entrando no coração. Só eu entendo a minha dor. Eu juro que estar aqui, escrevendo sobre isso, com um nó gigante na garganta, pensando em tanta coisa, perdendo o sono, só me faz querer acreditar que tudo isso vai passar. Eu sei que vou escrever palavras que vão ficar pra sempre. Mas tudo isso tem que passar de alguma forma. E vai.

Camila Lopes, adaptado.

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